INTERVENÇÃO NA PRAIA DO PEDRÓGÃO PARA TRAVAR AVANÇO DO MAR PODE CHEGAR A 1,3 ME (PORTUGAL)

A intervenção na praia do Pedrógão, Leiria, para travar o avanço do mar, pode chegar aos 1,3 milhões de euros, disse hoje o presidente da Câmara, ressalvando que neste valor não estão contabilizados os trabalhos na praia sul.

Na reunião do executivo municipal, na qual foi deliberado avançar com um concurso público, com caráter de urgência, para a execução daquela intervenção, Raul Castro salientou a importância de “acelerar” este processo para os trabalhos estarem concluídos a tempo da abertura da época balnear.

Segundo a autarquia, a empreitada, para minimizar o risco para pessoas e bens, e reduzir prejuízos económicos e ambientais, designada “Intervenção de emergência para proteção do cordão dunar da praia do Pedrógão no troço entre o Casal Ventoso e o Centro Azul”, vai ser feita segundo o projeto elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade com a qual o presidente da Câmara reuniu hoje.

Na reunião do executivo, a Câmara aprovou também um protocolo com a APA, que autoriza o município a executar a intervenção em sua substituição através da adjudicação da empreitada, “já que a APA é a entidade competente para intervir no ordenamento, manutenção e conservação da costa portuguesa”.

Raul Castro anunciou ainda que, há um ano, os passadiços colocados pelo município na praia, obra financiada no valor de 150 mil euros, foram destruídos devido ao avanço do mar, garantindo agora que este ano a autarquia não se vai substituir à APA nestes trabalhos.

A Câmara de Leiria informa que “nos últimos anos a praia do Pedrógão tem sofrido um processo de erosão costeira, registando-se um recuo da costa que, atualmente, coloca em perigo iminente todas as infraestruturas existentes adjacentes à marginal, assim como também toda a proteção dunar existente”.

“A 19 de setembro de 2013, a ondulação de cerca de quatro metros de altura destruiu toda a zona da passagem de emergência, assim como descalçou o muro da rotunda, encontrando-se toda a zona instável e em perigo iminente de derrocada”, acrescenta.

Já este ano, “particularmente nos dias 05, 06, 07, 16, 17 e 18 de janeiro, 01, 09 e 14 de fevereiro, assim como a 03 de março, na praia do Pedrógão, concretamente na praia do Casal Ventoso e na denominada praia dos campistas [sul], este cenário agravou-se, fruto das condições do estado do mar particularmente violentas, provocando súbitas e grandes alterações na zona dunar, tendo inclusive as ondas assomado ao paredão e passeios, causando danos na rotunda norte e Centro Azul”.

Fonte: RTP