Conheça cinco destinos para você visitar antes que sumam do mapa por causa dos efeitos do aquecimento global do planeta nas próximas décadas
Turistas passeiam de gôndolas pela romântica Veneza |
Segundo estudo publicado em 2015 por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o nível do mar subiu 1,2 mm ao ano entre 1901 e 1990, alcançando 3 mm ao ano entre 1993 e 2010. As Organizações das Nações Unidades (ONU) calculam que, até 2100, o nível do mar pode crescer entre 26 cm a 82 cm no mundo. Os efeitos do aquecimento global são reais e podem afetar ilhas em oceanos e até cidades à beira-mar. Alguns países estão seriamente ameaçados de ser varridos do mapa. Pensando nisso, o site Skyscanner (www.skyscanner.com.br) organizou uma lista de lugares para se visitar antes que sumam de vez.
Ha Long Bay (Vietnã)
Na baía de Ha Long, são mais de 1.600 ilhas cobertas de vegetação e, a maioria, sem formações de praia. Há muitos anos já se percebe mudanças ecológicas na região devido às vilas de pescadores sobre as águas, à pesca em grandes proporções e, é claro, ao turismo.
Para barrar a deterioração desse patrimônio mundial da Unesco, algumas medidas vêm sendo tomadas pelo governo vietnamita. Apesar de diminuir a quantidade de turistas e barcos por dia, moradores locais reclamam que pouco foi feito em relação ao transporte de carvão pela baía, um dos maiores poluidores das águas. Enquanto isso, o governo estuda realocar esses moradores que, além de viverem no local há muitas gerações, fazem parte do patrimônio cultural de Ha Long Bay.
Fiji (Pacífico)
Composta por 322 ilhas, o arquipélago está com os dias contados. A boa notícia é que parte das terras do país é mais elevada em relação ao nível do mar que os países vizinhos e, por isso, não corre o risco de desaparecer completamente. Mesmo assim, o arquipélago luta contra o avanço do mar, que contamina fontes de água doce e terras agrícolas. Além disso, Fiji também está sujeito a ciclones, inundações, terremotos e tsunamis.
Bagan (Mianmar)
Os templos de Bagan são conhecidos pelos centenários pagodes budistas construídos entre os séculos X e XIV. Passeios de balão que sobrevoam a área são comuns para apreciar essa composição que une religião, história e natureza. Em agosto de 2016, mais de 60 templos foram danificados por um tremor de magnitude 6,8. Devido à localização geográfica do país (próximo às placas tectônicas), eles correm o risco de desmoronar ao longo dos anos.
Ilhas Maldivas (Índico)
Esse pedaço do paraíso no oceano Índico pode ser o primeiro país a desaparecer por causa do aquecimento global. Com 1.200 ilhas, o arquipélago tem uma altura média de apenas 1,20 m acima do nível do mar. Como se não bastasse, o país ainda vive um paradoxo ambiental: por falta de terra e tratamento correto, a capital Malé acumula pilhas de lixo na lagoa Tilafushi. Maldivas é famosa por mar límpido, areia branca e fininha e bangalôs sobre as águas. Na mesma situação estão as ilhas de Tuvalu, na Polinésia, e Kiribati, no oceano Pacífico.
Mar Morto (Israel-Jordânia)
O mar Morto, considerado o local de menor altitude do planeta, passa por uma grave crise ecológica, com o nível de suas águas diminuindo, em média, um metro por ano. O mar – na verdade um lago na fronteira entre Israel e Jordânia – é famoso por sua salinidade de 33%, dez vezes maior que a dos oceanos. É impossível afundar nessas águas, por isso o corpo flutua naturalmente. Nos últimos 50 anos, o mar Morto perdeu 1/3 de seu volume por causa das drenagens e da evaporação, equivalente a 1,05 bilhão de metros cúbicos de água por ano.
Veneza (Itália)
Construída no século X, Veneza vem afundando lentamente nas últimas décadas devido ao processo natural de deslizamento dos sedimentos da lagoa sobre a qual foi posicionada. Essa situação, que não é novidade, tem sido agravada nos últimos anos em decorrência do aumento do nível do mar. Estima-se que, até o final do século XXI, grande parte das ilhas que formam a cidade estará debaixo da água. Com construções históricas lindas e canais que funcionam como ruas, Veneza é uma cidade única e o destino perfeito para casais em lua de mel, famílias e amantes de arquitetura.
Fonte: otempo.com.br