RECOVERY OF COSTA BRAVA BEACH, PARIPUEIRA, ALAGOAS, BRAZIL USING BAGWALL ENERGY DISSIPATOR TECHNOLOGY
No próximo dia 09/11/2022 apresentaremos no XII CONGRESSO DA REDE BRASPOR em João Pessoa, os resultados exitosos da contenção da erosão fluviomarinha após 3 anos da construção do Dissipador de Energia Bagwall na praia de Costa Brava, Paripueira/AL. A obra foi monitorada por uma equipe multidisciplinar utilizando técnicas de geoprocessamento.
Após 3 anos de monitoramento, ocorreu uma engorda natural, isto é, a faixa de praia teve um alargamento de 100 metros, a berma e a vegetação de restinga se refizeram. Praia em Recuperação. Foto Autoral
Confira o resultado nas imagens do vídeo:
RESUMO
Marco A. L. SOUZA1, Marco A. L. SOUZA FILHO 2, Esdras de L. ANDRADE3, Ricardo C. B. OLIVEIRA.
Este artigo apresenta o monitoramento espaçotemporal das posições da linha de preamar média da praia de Costa Brava e da foz do rio Sauaçuhy, estado de Alagoas, Brasil. O referido rio divide os municípios de Maceió e de Paripueira e vem, ao longo dos últimos quinze anos, sofrendo forte processo erosivo fluviomarinho. Este fenômeno se dá em função da interação entre o fluxo fluvial e à deriva litorânea, resultando no efeito molhe hidráulico e na migração do local da desembocadura, muito comuns em fozes de rios. O principal objetivo do trabalho foi mostrar a eficácia da tecnologia de dissipador de energia do tipo Bagwall na recuperação de praia contígua a desembocadura de corpos fluviais. Para se chegar aos resultados, foram empregadas técnicas de cartografia digital, sensoriamento remoto e geoprocessamento no tratamento de imagens aéreas e orbitais, no mapeamento e na mensuração das posições da linha de costa e da foz do rio em questão em um recorte bitemporal. Para o processamento dos dados, foi adotado o modelo sistêmico de análise digital de linha de costa, baseado no algoritmo Digital Shoreline Analysis System; sendo os resultados modelados através do método End Point Rate. Após a execução dos procedimentos metodológicos supracitados, constatou-se que após três anos da construção da estrutura de contenção na margem esquerda do rio a erosão costeira foi contida, além de induzir a recuperação natural da praia num alargamento de aproximadamente 100 metros, devolvendo assim o uso recreativo deste ambiente. Além disso, a posição da foz do rio Sauaçuhy se deslocou cerca de 500 metros no sentido de sua posição nativa. Por fim, conclui-se que a tecnologia adotada apresentou resultados positivos no período analisado, trazendo um registro importante no espaço geográfico em que só foi possível mediante análise espacial em que se baseou a metodologia utilizada.
Palavras-chave: Dissipador de energia; recuperação de praia; geoprocessamento.
FONTE: BLOG MARCO LYRA